Choveu da sela eu vejo os pingos caindo lá fora
Castelo lagrima que rolam do rosto que chora
Fico telando a noite no frio ruim da sela
É bem pior do que o frio sombrio da favela
Eu outra vez nessa cena com grade concreto
Mais uma vez eu vivendo aqui nesse inferno
Pensei que pá ia dar um perdido escapar disso aqui
Mas vir que não quando o camber me enquadrou foi o fim
Logo eu com o pensamento de não me entregar
Que se os canas aparecesse o bagi ia lombra
Me vir refém do medo amparado pela lucidez
Mais uma vez eu de novo no xadrez
Porque não corri mesmo com a quadrada na cara
Talvez se eu tentasse não teria dado nada
Cadê o preço da dúvida nesse inferno notório
Agora minha esperança é só na cadeira do fórum
Vento frio, vento frio
Que passou mas sempre soube que ele existiu
Vento frio, vento frio
Na cadeia ele destrói só sabe quem sentiu
Vento frio, vento frio
Que vem soprando sua ave eu lembro de alguém
Vento frio, vento frio
Eu lá na rua de jaqueta e boné
Com frio do caralho, mas ligeiro com os camber
Acastelando à noite atento com o perigo
Insano e pensativo aqui nesse mundo de risco
Só eu e meu canhão história tem de mais
O movimento cresce adrenalina muito mais
Pisante novo uns panos responsa
Um dinheiro no bolso as cachorras na minha cama
Foi mal pras fita foi mal pras vagabunda
O que sobrou pra mim foi só uma sela e minhas loucura
Me pego pensando conversando com medo
O frio de vez em quando abraça o meu corpo inteiro
É foda viver no clima tenso de uma sela
Se perdendo no ódio louco pra ir pra favela
Vou deixar na mão de Deus ele sabe o que faz
Daqui a pouco eu too na rua em breve logo mais
Vento frio, vento frio
Que passou mas sempre soube que ele existiu
Vento frio, vento frio
Na cadeia ele destrói só sabe quem sentiu
Vento frio, vento frio
Que vem soprando sua ave eu lembro de alguém
Vento frio, vento frio
Na calada ele aparece me faz de refém