A tarde já vai longe
Busco um mate e me reservo
Olhar pro interior
No costume que preservo
Um grilito no costado
Quarto de lua no céu
Uma prece de gaúcho
Que o mundo inteiro é um mundéu
Os avós emoldurados
Me ensinaram de criança
A manter sempre a essência
O amor e a esperança
Que a vida se passa num upa
Quando menos se espera se vai
Por isso agradeço meus dias
Em nome do pai.
Que meu passo seja firme
E ande de acordo com o teu
No tranquito, dia após dia
Teu desejo leve o meu
Me livre dos malevas
Que rondam a paz e o galpão
Me conceda só o preciso
Não quero mais que paz e pão
Que eu te leve nos sorrisos
E nas canções que entoar
A cada vivente no mundo
Que precise te encontrar
Amenize os defeitos que tenho
Perfeição não existe em ninguém
E perdoe minhas falhas nas lidas
Hoje e sempre, amém