Edi roubando a cena
Eu venho na batida, minha bandida zica do meu tema
Nós é pesado, nós vem brabo, nós vem da raiz
Nós veio dos palco das quebrada, nossa diretriz
DNA de Negro Drama vim do jaçanã
Sou trem das onze, moro longe chego de manhã
Nave meu clã, meu divã, mente sã, minha vilã
Minha cristã, meu islã, e meu Deus tupã
Ahã, ahã, minha palavra é um trilho
Na carga esperança sentimentos que eu compartilho
Se descarrilho andarilho, mas não sou cigano
Mundo acabando e Carmina Burana tocando
Nós é o pano, a corrente, nós é a caranga
Nós é a cartola, a carta e o pente guardado na manga
Vi uma miçanga, uma figa, uma arruda, uma muda
Uma bala na agulha, amigo não se iluda
Falsos profetas vão guardando de 1 em 1 milhão
Você na fila do auxílio aguardando ilusão
Quanto mais pobre, mais o risco, mais que tem se corre
Quanto mais gueto, mais se fode, mais os preto morre
Quanto mais alto, mais o topo, maior é a queda
Quanto mais sujo, mais esgoto, mais cheiro de merda
Todos em busca da moeda
Cobra cega, carrega, vai
Marcha soldado sei que a sua luta continua
Dia de preto e logo cedo sei quem tá na rua
Tá no busão, tá na van, tá no trem lotado
Tá acorrentado desde quando ainda era escravo
Tá no balcão, no centrão, tá lá no farol
Em cima da CG, na CB, na chuva e Sol
Seguindo mesmo ritual
Parcial
Crucial
No recalque e tal, hã!
Se você quer a liberdade, diz o que é ser livre?
Se você quer a liberdade, diz o que cê pensa?
Pra mim ser livre, é estar aonde nunca estive!
Pra mim ser livre, é não ter que ter uma sentença!
Ser livre, é correr atrás da sua recompensa
Ser livre, é possuir a calma e a paciência
Ser livre, é curtir onde o Sol se pôs
Ser livre, é ouvir origens parte 2