Edgard Scandurra Edgard Scandurra - S.A.O. til P.A.U.L.O.

Ruas cinzas, Muita Pressa
pés descalços, no asfalto
na garrafa, muita cana
no concreto, uma cama
na igreja, esperança
e no saco, muita cola
na esquina, vendem tala,
muito crack, pouca bola

s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.

e na rua, um buraco
na calçada, meu cigarro
trinta dias, sem chover
mais poeira e poluição
e o menino que toma conta dos carros,
em frente a loja dos importados
nos jardins, a ilusão
cem por cento do país

s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.

s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.

e o canto do pássaro
ainda resiste
no galho sem folhas
da árvore triste

e no meio disso tudo te procuro meu amor
e no meio disso tudo te procuro meu amor

s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
p.a.u.l.o.

s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.
s.a.o. til p.a.u.l.o.