Nego! Eu tô cansada desta merda / da violência que
desmede tudo / da minha liberdade clandestina / de tá
no meio desta briga.
Chega! Da gente tá se apertando / da ignorância
insadecida / se esquivando de estatísticas... a minha
paz faz tempo tá querendo trégua / a minha paciência
se atracou com ela.
Eita! que sangue pinga das noticias / vendidas como
coisa bela / a merda já tá no pescoço / e a gente
acostumou com ela... nunca se sabe o que vai
acontecer, nunca se sabe o que pode acontecer.
Nego! A maquina acordou com fome / vem detonando tudo
em sua frente / comendo ferro, carne e pano / bebendo
sangue e gasolina. A minha paz faz tempo tá querendo
tregua / a minha paciência se atracou com ela...
Eita! Senteciado ao absurdo / De merda em merda
emergindo / um dia afoga todo mundo / e assim acaba a
caganeira.