Do submundo das profundezas
Velas negras
Sudários da escuridão
Flutua no bojo sombrio
Mastros de ossos cortam os ventos e a névoa
A barca fantasma navega a assombrar
Faróis, vitrais enigmáticos, lampejam ao luar
Banzeiros naufragam embarcações
A boiúna, o enigma
O mistério da noite virá encantar
Vem no remanso soturno nos aningais
A fera das águas rasteja
Seus olhos de fogo encandeiam na escuridão
A dona da noite virá
Escamas de sucurijú, fogo no ar
Avança sobre os igapós, a devorar
Emerge a anaconda boiaçú
A dama das águas
Boiúna! Emerge das águas
Boiúna! Ceifadora de almas
Anaconda, cobra grande, boiúna sucurijú