bala de eucalipto bala de eucalipto - Carnaval

Acabou meu carnaval
O brilho e confetes guardados na prateleira
As luzes apagadas, os olhos apagados
Lantejoulas paradas no ar

O barulho em pó cruza as avenidas
Curvas acentuadas, postes queimados
Nunca se sabe o que pode esperar, parado na mesa de um bar
Corpos alagados, copos entornados

Então o que sobra pra mim
Corpos vazios
Mãos entre fios, que nunca vou conhecer
Então o que vai ser de mim, nesse frio
Corpos marcados, casas abandonadas

E se um dia eu sair no jornal
Corpo encontrado sem sentido pra existir
Dias muito rápidos, ônibus lotados
Sem sair do lugar

Faço muito e não faço nada
Blusas amarrotadas, o quarto bagunçado
Luzes apagadas, olhos bem fechados

Então o que sobra pra mim
Corpos vazios
Mãos entre fios, que nunca vou conhecer
Corpos marcados, casas abandonadas

Então o que vai ser de mim, nesse frio
Corpos marcados, casas abandonadas