Espero as melhores coisas da vida
Chegarem de repente
E o que há de errado comigo?
São vinte anos de espera
À procura de um instinto
Que não posso esperar
Cada erro é uma queda livre
Rumo ao infinito
E eu não sei se vou aguentar
O amanhã é uma pergunta
Sem resposta
E o que pode me curar?
Uma rosa sem espinhos
Ou a flecha pra matar?
Então perco os meus sentidos
E vou caindo
(Em parafuso)
E a vida que vai e vem
Em descompasso e desaviso
É só alegoria
A morte de um sorriso?
Da janela do meu quarto
Vejo sempre a mesma multidão
E já são tantas as pessoas
Caminhando em solidão
E o que pode me curar?
Uma rosa sem espinhos
Ou a flecha pra matar?
Então perco os meus sentidos
E vou caindo
(Em parafuso)
E vai seguindo
(Tão confuso)