Gustavo Magalhães Gustavo Magalhães - Meu Black é Power

Não presciso fazer muita coisa
Pra chamar sua atenção
Meu brilho é sensacional
E nisso, nisso eu tenho dom

Meu black é power
Minha coroa, meu reinado
Que simplismente, retrata meu antepassado

Olho pra cima não te vejo
Olho para o alto e não te encontro
Será porque? A gente dominou o topo
E agora eu vou contar a hístoria desse povo

A cor da minha pele
Não te diz quem sou
O meu cabelo crespo
Não te diz quem sou
O que eu visto no corpo
Não te diz quem sou
Quanto eu levo no bolso
Não te diz quem sou
Quem sou

Restos de um passado inesquecido eu sou
Marcado pela mão branca do opressor estou
Lutando em meio ao caos da ignorância vou viver

Restos do pelourinho pesado e sofrido eu sou
Marcado pelo açoite ao pé do tronco estou
Lutando pela inserção nessa nação que não me vê

Restos do quilombo perseguido eu sou
Marcado pelo ardor da escravidão estou
Lutando pela aprovação da pele preta sem ceder

Eu sou
O choro
Que chora a cor
Linda cor eu sou